O Brasil enfrenta uma grave crise de saúde mental, com impactos significativos na vida dos trabalhadores e no mercado de trabalho. Dados de 2024 revelam que o país registrou 472.328 afastamentos do trabalho devido a transtornos mentais, como ansiedade e depressão. Esse número representa um aumento de 68% em relação ao ano anterior e é o maior registrado nos últimos dez anos.

Especialistas apontam que fatores como as cicatrizes da pandemia, o estresse no ambiente de trabalho e a insegurança financeira contribuíram para esse aumento alarmante. Além disso, o mercado de trabalho em constante transformação e o aumento do custo de vida também são apontados como agravantes.

O governo federal, em resposta à crise, atualizou a Norma Regulamentadora 1 (NR-1), que estabelece diretrizes sobre saúde no ambiente de trabalho. A fiscalização foi intensificada, e empresas que não cumprirem as normas podem ser multadas.

Os dados também mostram que as mulheres são as mais afetadas, representando 64% dos afastamentos. Estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro lideram em números absolutos, enquanto o Distrito Federal, Santa Catarina e Rio Grande do Sul apresentam os maiores índices proporcionais.

A crise de saúde mental no Brasil reforça a necessidade de políticas públicas mais eficazes e de maior atenção à saúde mental no ambiente de trabalho. A conscientização e o apoio psicológico são fundamentais para enfrentar esse desafio crescente.