A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo
(Alesp) realizou, na última sexta-feira (19), em Paulínia, a 11ª audiência
pública para discutir o orçamento estadual para 2025. A cidade foi uma das
escolhidas para receber o evento, por iniciativa do mandato do deputado
estadual Dirceu Dalben que presidiou a audiência.

O município recebeu a Comissão de Finanças,
Orçamento e Planejamento da Alesp para discutir as principais demandas locais e
de cidades vizinhas. A audiência contou com a participação de prefeitos,
vereadores(as), secretários(as) municipais, representantes de entidades,
associações e munícipes de várias cidades.

A participação popular foi marcante, o plenário da
Câmara Municipal de Paulínia ficou lotado. 20 pessoas se inscreveram e puderam
fazer o uso da palavra para poder abordar diversos temas, apresentando ideias,
críticas e sugestões para o Estado.

O crescimento populacional e a preocupação com a
área social de Paulínia, bem como o apoio às entidades do terceiro setor que
atuam na Região de Campinas, foram alguns dos temas de maior repercussão no
encontro desta sexta.

"As organizações [sociais] por muitas vezes
representam o que o Poder Público não consegue fazer. Estamos nas pontas
atendendo toda a população", disse Rejane Araújo, representante das
associações de Campinas.

O pedido por mais recursos para as associações da
cidade foi corroborado por Lara Pertille, presidente do coletivo Boca de Sissi
de Paulínia, que atua na assistência à comunidade LGBTQIA+ da região.
"Pessoas em vulnerabilidade social precisam de atenção. Temos que dar
dignidade para essas pessoas e não podemos excluir esses corpos", afirmou.

Outro reflexo do aumento populacional da cidade
foi destacado nos pedidos feitos para a Educação de Paulínia. Munícipes subiram
à tribuna para solicitar a construção de novas escolas e a criação de novas
instituições de ensino na região.

Rogério Nubor, que é morador de Paulínia, falou
sobre as longas distâncias que estudantes de bairros afastados precisam
percorrer para chegar até as escolas municipais. "Temos crianças que ficam
quase uma hora dentro dos ônibus escolares e isso também gera um custo absurdo
para a cidade".

Habitação também foi tema abordado, o morador de
Paulínia Eduardo Melcunas, questionou a falta de políticas públicas na área da
habitação em Paulínia, principalmente para os que mais precisam. “Desde 2014,
nossa cidade está sem nenhum programa habitacional de casas populares para a
população. Já se passaram dez anos e não vimos nenhum projeto neste sentido.
Sabemos que nossa cidade tem muitos terrenos públicos e poderia fazer parcerias
com o governo do Estado para resolver esse problema,” disse.

Já Sami Goldstein, também residente da cidade,
abordou a capacitação técnica dos jovens de Paulínia e fez o pedido para a
criação de novas unidades da Etec e da Fatec no município. "Não temos
incentivos que atraiam empresas e não temos perspectivas para que nossos jovens
se qualifiquem e criem aqui", afirmou.

Tivemos casa cheia, com a apresentação de demandas
fundamentais para melhorar a qualidade de vida da população de Paulínia e toda
RMC (Região Metropolitana de Campinas). "Muito obrigado a todos que estiveram
conosco neste momento histórico! Juntos, estamos construindo um futuro próspero
para os municípios paulistas, com mais qualidade de vida e justiça social para
a população”, disse o deputado Dirceu Dalben.